Reunir mulheres de diferentes segmentos e territórios para promover o diálogo, a troca de experiências e a construção coletiva de propostas sobre temas fundamentais para a igualdade de gênero. Este foi o objetivo da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), por meio da Comissão Especial da Mulher (CEM), ao promover nesta terça-feira (12), a Conferência Livre “Voz Feminina: Por Um Futuro Igualitário”. Representada por sua superintendente Francielly Rodrigues e com a sua assessora jurídica Karol Toledo integrando a Comissão, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) participou do evento na sede da OAB/AL, em Jacarecica.
Com a ideia de sistematizar as contribuições e encaminhá-las à 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), o encontro realizou duas mesas de diálogo temáticas com os temas “Por uma Vida Livre de Violência: Avanços, Resistências e Caminhos no Combate à Violência contra as Mulheres” e “Autonomia Econômica e Igualdade de Oportunidades: Desafios e Estratégias para Construir um Mercado de Trabalho Inclusivo para as Mulheres”.
“No primeiro eixo estamos escrevendo páginas magníficas, como um povo, acerca da necessidade da autonomia econômica para a mulher e, também, queremos trazer aqui o combate, o enfrentamento à violência contra a mulher, no segundo eixo, com mulheres brilhantes. A nossa missão aqui é garantir que as vozes e as salidades violadoras das alagoanas cheguem ao debate nacional, com toda a sua potência. Hoje, mais do que ouvir, queremos construir”, disse a presidente da CEM, Edâmara Araújo.
Para a superintendente da Fecomércio, os debates são importantes para a transformação social. “Os temas discutidos hoje são fundamentais para o desenvolvimento das empresas e da sociedade. Ambientes mais inclusivos e seguros são também mais produtivos e sustentáveis. Que possamos deixar no passado esse percentual que a secretária Renata Santos falou, de que apenas 37% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, para, efetivamente, seguir promovendo um mercado que valorize cada vez mais o talento feminino, tornando-se mais equitativo”, defendeu Francielly Rodrigues ao fazer remissão à fala da secretária da Fazenda do Estado de Alagoas, Renata Santos, que foi uma das palestrantes do evento.
Na oportunidade, a secretária pontuou que as mulheres recebem, em média 68%, do salário dos homens e isso, muitas vezes, ocupando os mesmos cargos. Destacou, também, que a composição do Congresso Nacional só tem 18% de mulheres. “E aí eu já coloco aqui a primeira pergunta: como a gente faz políticas públicas para as mulheres e a maioria que pensa essas políticas são homens?”, jogou para reflexão.